sábado, 1 de dezembro de 2012

O dia em que a noite chorou....


23:20h, um pretenso aperto de mão, um último suspiro e o mundo parou......os minutos se tornaram uma eternidade, o céu se modificou, se adaptou, se misturou as minhas lágrimas que se despediam, que diziam tchau.....como pôde tudo acontecer tão rápido, tão sem minha permissão...não velhote, eu ainda nao queria dizer tchau, mas como manter voce por perto, se longe você já estava??
Agora o que peço, é que me baixe uma sabedoria de Buda, uma calma de Buda, uma paz de Buda, porque sou humana e nada Buda, sou carne que dói e alma que implora clareza.....um pai, um amigo, um herói que cansou e que tivemos de deixar ir, deixar descansar, dar lugar a paz que ele merecia...peço, parem de me pedir que eu seja forte, pois se tem uma coisa que não tenho disposiçao no momento é de fortaleza, quando fraquejar? Agora é a hora....hora de perceber que tudo acaba, que tudo tem meio e fim, hora de crescer e compreender as coisas básicas da vida que se transforma.
Se ao mesmo tempo me intriga meu desejo de te ter até o último segundo, como poderia ser diferente?? Voce me trouxe aqui, nada mais justo que te deixar ir, segurando suas  mãos até o fim (?)...Batman, Bob pai, meu velhote, voce foi meu guia de luz em vida, agora olho e busco sua luz, que tenho a mais absoluta certeza, vai brilhar absurdamente assim que voce estiver pronto, até lá, vou tocando os dias, esperando o momento que sei que vou sentir sua presença pulsante, fica em paz, a dor dói e vc me ensinou  a suportá-la, vamos dar todos conta do recado.....fica bem meu querido, aqui seguimos te amando muito!!!!

7 comentários:

  1. A vida vive nos fazendo cobranças de todos os tipos, e você Ro, não deve nada a ela. Te admiro muitão lindona. Beijocas muitas, angelicais e carinhosas ;)

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  2. Não tem como ultrapassar essa fase, ela é isso: dor, lembranças, reflexão, fraqueza, revolta, afago, tudo ao mesmo tempo.

    Que a convivência com os entes queridos traga acalento.

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  3. Ro querida, quero poder falar tantas vezes quanto puder, sobre como você nos toca fundo na alma, quando fala sobre sentimentos, quando revela sua fragilidade sem medo de se quebrar. E ao mesmo tempo, possue o humor "batmaniano" do seu avô, Mario, e seus seguidores, em especial o seu pai, quando sente necessidade de colocar aqui ou onde for, as lembranças bem humoradas dele. Beijo grande

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  4. Roberta, que coisa mais linda e mimosa seu blog, o texto, amei tudo! Beijos

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  5. :( Força, minha querida Rô... Beijo da Lu.

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  6. Meus sentimentos,Sinta-se abraçada.


    saúde e paz

    Ro Monteiro

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Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando... [ Clarice Lispector ]