sexta-feira, 12 de março de 2010

Você tem uma Mente Inquieta??

Gente, peguei um livro emprestado de um amigo essa semana, na verdade, eu mesma tinha comprado para ele, pois assim como eu, é também um TDAH, pai de TDAH (eu sou Mãe de TDAH), então, achei que seria bem interessante ler Mentes Inquietas, da Ana Beatriz Barbosa Silva. Olha, já li muita literatura sobre esse assunto, mas nenhum livro tinha me dado um soco no estômago tão forte quanto esse....Foi avassalador, cada linha que lia, era como se tivesse me lendo ou lendo meu filho, vendo que é uma situação tão delicada, que as vezes não me dou conta, afinal, olho para mim e penso, bem, cheguei até aqui certo? Se cheguei e tô bem, então tá tudo bem....Não, não está tudo bem não, não consegui me fixar em um emprego desde os 18 anos, tudo me deixava entediada, não consegui escolher uma faculdade, tudo me enjoava, passei uma infância totalmente introspectiva, com medo de tudo, aos 06 disse para minha mãe que queria morrer e mesmo com ela correndo comigo para uma terapeuta, custei muito para parar de pensar que não gostava de viver....gostava de me isolar, me sentia completamente deslocada e solitária, escolhia para amiga, as esquisitas, as que ninguém queria ser amiga, assim era mais fácil....não, não acho que isso foi tudo bem...acho que tive sorte de não entrar na lista das estatísticas do que poder dar errado com TDAH´s não tratados(drogas, alcoolismo e etc...), acho que tenho sorte, de ter diagnosticado meu filho tão cedo e poder ajuda-lo de maneira consciente e correta..ler esse livro foi me ler, ver minha (in)quieta agonia...hoje ainda sou inquieta, me chamam de Alma inquieta, nunca pareço estar no lugar certo, sempre buscando, procurando, ansiando, é tão exaustivo as vezes!!! Tomo medicação e já me equilibrei muito, já fiz muita terapia e foi um grande apoio....estou menos cansada e menos brava com a vida...mas olho para meu filho e vejo um espelho de mim e agora o entendo melhor do que nunca...recomendo a todos que tenham um parente, um parceiro até mesmo um amigo com TDAH, que leia esse livro tão esclarecedor....a autora é uma TDAH, isso fez toda diferença!! Beijos pipocantes e bom final de semana!!

16 comentários:

  1. Ai Ro, não acredito que vc queria se matar aos 6 anos.... Páaaaaaaaaaaaaaaara, quem iria comentar em meu blog hj.... POxa, depois que vc "entrou na minha vida".... eu descobri que existem amizades mesmo a distância e com quem nem conhecemos.... Vc sempre nos tras boas palavras, é super amiga, tem um jeito divertido de falar, brincar....
    Ainda bem que sua mãe correu para a terapia a tempo com vc....
    Faria muita para nós (blog), para seu bebe e para seu marido, sua mãe........ enfim.....
    TE adoro querida
    Abraços fraternos....

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  2. Rô, imagino a barra que passou, e acho super bacana você ter feito esse post, pois tenho certeza que esse livro pode ajudar muita gente a ficar atento a condição de tdah para poder tratar precocemente como fez com pandinha. No seu caso acho que a terapia deu certo, pois te acho super alto astral e com ansiedade normal ( para nós mulheres naturalmente ansiosas rs)
    Gde beijo amiga

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  3. Roberta,
    Entendo tão bem você!
    Não li este livro mas já assisti algumas entrevistas dessa médica [ela tb uma TDAH]. Caramba, de perto ninguém é normal, tenho cá minha idiossincrasias também. O Pandinha tem uma mãe presnete que o ama muito e zela por ele sempre.
    Fique tranquila, no fim tudo dá certo, né?
    Beijão*

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  4. Xará-mais-linda , sorte de Pandinha que você hoje sabe seu problema e luta contra ele com todas as armas.
    Sorte de Pandinha ter essa super-mãe.
    Mas , sorte mesmo foi você também ter uma super-mãe.
    Mil beijos.

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  5. Robertinha, na época da faculdade uma das minhas colegas de curso fez a monografia dela sobre TDAH, eu acompanhei um pouquinho e foi pela pesquisa de campo com questionário que vimos que existe uma porcentagem bem grande crianças com hiperatividade, na verdade foi há 5 anos atrás o material era um pouco escasso, ia ser ótimo se ela tivesse tido contato com esse livrinho, ótima dica, vou até passar o nome do livro p/ ela, realmente minha amiga como disse a sua xará acima, sorte do Pandinha, pois vc já sabe como proceder direitinho, bjkas queridona e um colorido fim de semana p/ vc e toda sua family, ;)...

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  6. Pois eh Roh eu ouvi falar pela priomeira vez do TDAH ,acredito que realmente nao deve ser facil ,mais tenho certeza que assim como vc o pandinha sera um adulto do bem ,o importante e ter conhecimento sobre o qua sentimos ,e vc sabe entao pode fazer tramento ,tem pessoas que nao aceitam certos tipos de coisas e ai fica pior ,porque e ignorancia ,vc tem uma familia linda e ainda vai muito ,mais muito longe .
    bjim

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  7. Meninas, a pior coisa para uma criança com qualquer tipo de transtorno, especialidade ou algo assim, é a negação dos pais!! Vemos muitos casos na escola, de pais que não querem enxergar que o filho tem problemas, é um crime, é revoltante, pois o mal que esse pai tá fazendo a essa criança, em nome da sua própria vaidade, devia entrar na lista de maus tratos, pois é como se eles estivessem querendo apagar quem é esse filho de verdade!! Um grande beijo para todas!!!

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  8. Rô, eu sei o quanto é dificil ter uma mente inquieta, por vezes tb não acreditava na vida, por vezes tb me excluí, por vezes me senti menor do que os outros. Os empregos até que duraram, mas a faculdade a cada emprego eu queria ser uma coisa e até hoje sou assim. Ser diferente não quer dizer ser anormal, somos normais prém com algumas diferenças do rebanho. Mas a dedicação da tua mãe acho até que colaborou com a sua dedicação para com seu filho. Isso é muito importante, porque muitas vezes sofro por ter minha doença e ng entender, pior ainda quando estou em crise. Eu sei que é difil se sentir só, não acompanhando o rebanho, você acha que ficou pra trás ou que alguma está errada com você. MAS NÃO ESTÁ NÃO. Somos só diferentes. Mães preocupadas e antenadas com os filhos. É destino você ter sua mãe e é destino o pandinha ter a mãe que tem. Porque o que seria dela com pais que não tem o que ele tem. Vemos muitos pais dispersos, meu deus como vejo. Chega me dar uma agonia no coração. Ás vezes até acho que estamos super protegendo a Gi, apesar de deixar ela se soltar bastante, a imaginação e tal, mas ainda nos preocupamos com tudo. E vejo pais que não estão nem aí, aqui tem uma penca de pais que vejo não se preocuparem com o que os filhos estão fazendo, com o rendimento na escola, com a alimentação, com as companhias e fico apavorada como essas crianças vão ser quando crescer. Super protegemos até a Lígia com 16 anos. É uma liberdade vigiada. Hoje em dia tem de ser assim, tudo no mundo tem os bons e os maus, e com uma infância bem preparada eles vão saber o que é mau e não cometer os erros de quem não tem uma preparação assim. Quando puder deixe citações do livro no blog pra gente conhecer mais.

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  9. Oi Ro, fico emocionada com sua honestidade, sobre teus receios e realidade, não sou tdah, mas também tive meus isolamentos e crises, como as tenho de vez em quando, não tem nem comparação...mas entendo quando se sente cansada de tanta inquietação, eu me sinto assim também e é muito difícil de concretizar qualquer coisa, precisa de muita disciplina...o melhor exemplo de que deu tudo certo e ainda dá é o fato de você ter esta família linda e ser tão presente para o pandinha, tem uma casa onde tudo funciona...
    Post corajoso de alguém corajosa...bjo querida!

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  10. Depoimento de uma mulher que viveu numa época na qual ainda não tinha sido descoberto o TDAH.
    Hoje com 67 anos, "bem resolvida" (entre aspas porque uma mente inquieta será sempre inquieta).
    O que eu poderia fazer, sem diagnóstico, sem tratamento, sem coragem de falar de meus medos e inquietações diante da vida? Seguir vivendo com meus fantasmas e observar a mim mesmo como se fosse meu alter ego a conversar comigo.
    Tive a sorte de ter uma familia grande e feliz, muitas brincadeiras criativas, muitas conversas com as pessoas que trabalhavam em nossa casa e dessa forma, muito aprendizado sobre as diferenças sociais. Dar valor a elas e não imaginar uma vida feliz só com muita grana. Cada pequena conquista para mim, era maravilhosa. E eu ficava admirando-a como se fosse a coisa mais importante para mim naquele momento. Quantas coisas realilzei com minha mente inquieta, minha insegurança, baixa estima e por aí vai.
    Nossa! Hoje, olhando aquela criança, aquela adolescente, aquela mulher não me canso de admirá-la. E voce com certeza também deve se olhar hoje, com orgulho e admiração por tudo que conquistou, seus talentos, ser mãe de uma criança cuja mente inquieta o faz descobrir tantas coisas que talvez uma criança que não a tenha, não consiga. Quem sabe o mundo precisa de pessoas que por se descobrirem ou serem diagnosticadas um pouquinho diferentes farão toda a diferença para um mundo melhor.
    Beijo no coração
    Sua tia DTAH, Arlette

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  11. Só para corrigir a sigla. Sua tia, eu, tenho
    TDA sem o H. Mas com H ou sem H, não faz tanta diferença, ao contrário, somos aqueles que podem fazer toda a diferença, repito, para um mundo melhor. Bjs

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  12. Má, Cris e tia, é preciso coragem para se enxergar a fundo e entender que nada é culpa de alguém especificamente, isso a análise me ajudou a perceber, a vida foi levada dessa forma, o que há que fazer é simplesmente, com o conhecimento dos fatos, compreender o que houve. Um beijo emocionado para vcs mulheres lindas!!

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  13. Roberta, não se sinta mal pelas suas dificuldades, porque todo mundo as têm.
    Tenho uma dificuldade horrorosa de concentração, de focar nas coisas e tb de finalizá-las. Mas como vc mesma disse, é importante reconhecer o problema p lidar com ele, ter paciência com a gente mesmo.
    Agora mesmo tenho duas application forms p preencher e não faço, não finalizo, me bate uma angústia horrível, medo sei lá de q.
    Somos todos esquisitos, don't worry!
    Beijocas!

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  14. Estranho isso né Carina, eu me sinto muito assim frente a alguns projetos, totalmente impotente, sem conseguir ir para frente!!! Weird people!! Beijocas

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  15. Ro, eu não sei se tenho isso também, mas eu sou inquieta e dificilmente termino que começo.
    Mas sempre achei isso do meu signo amiga hahaha
    A única coisa que eu tenho certeza que tenho dislexia, o resto nunca me preocupei, mas o problema maior é que os seres humanos cobram muito da gente e ai já viu.
    bjss

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  16. Nana, esses diagnósticos de TDA´s vieram muito tardios aqui no Brasil e para te ser sincera, só fui me dar conta que tinha, após ver meu filho sendo diagnosticado e ler muito a respeito do assunto!! Do contrário, acho que ainda estaria na ignorância!! Beijocas

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Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando... [ Clarice Lispector ]