quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

É tão delicado isso....

Não, tô deprimida não, mas vou falar de um assunto meio nefasto: a morte. Hoje tava exercitando o meu puro glamour passando roupa (eu faço isso, não gosto...mas faço...e isso É glamour??) e vendo TV, sim, porque era de manhã e não dá para pôr Rolling Stones no máximo e tomar uma cerveja geladérrima nessa hora, e calhou de estar passando ER, no capítulo em que o Dr. Greg Pratt morre, não tinha visto esse episódio e meninas, chorei....doeu minha alma, fiquei passada o resto do dia (ah, trocadilho rss), e cheguei a seguinte conclusão, eu não suporto a idéia da morte. Isso pira minha cabeça desde muito pequena, pois eu ficava com uma febrinha e achava que ia morrer e derretia de tanto chorar, tinha verdadeira paúra da minha Mãe morrer e sei que a perturbava muito com isso. Dr. Escova é a pessoa mais, como posso dizer...huimmm, mais zen em relação a esse assunto que eu conheço, claro que ele não quer morrer agora, mas se acontecer, ele diz que tá tudo bem e assim é em relação a familia dele. Poxa, eu sofro com a morte de um personagem de tv, imagine como é na vida real?!?! Eu não penso nisso constantemente, muito pelo contrário, mas hoje, após ver esse episódio, e ontem, ao ler o post da Cris, do Cade meu moleskine? sobre a proximidade da possível morte do seu cãozinho, fiquei confabulando com meus botões de madrepérola que além de não saber lidar com a morte, não sei nunca o que dizer nessas horas para as pessoas que perderam seus queridos, há algum consolo? Há alguma coisa para ser dita?? Por que o tamanho tabu com essa palavra?? Penso que é o fator dor, aquela dor insuportável que deve ser ter que dizer um adeus definitivo para quem se quer bem....deve ser aquele soco no estômago e a falta de chão que nos impede de falar sobre isso....e vocês meninas, como lidam com esse assunto?? Olha só, que coisa, tô aqui prestes a apertar o " publicar postagem" e meio insegura de que tipo de feedback vai haver, justamente pela delicadeza da questão, espero que vcs gostem!!! Beijocas

15 comentários:

  1. Rô, eu também não sei lidar com isso. E quanto mais amo a pessoa e quanto mais ela é próxima de mim, mais doe minha garganta só de pensar no assunto, parece que a saliva vai secando e sufocando, isso só de pensar. ZSei que tenho que evoluir, pois é o ciclo natural da vida, mas báa( como diz a gauchada), é difícil....
    beijos

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  2. Linda, eu vi hoje esse mesmo episódio, que coincidência heim? Nossa logo o Pratt eu gostava dele, tb tenho medo, medo mesmo, aliás morro de medo da morte, não da minha engraçado né? Da dos outros, não suporto a idéia de perder alguém querido, acho que vou desmoronar. Ainda tenho minha mãe e meu pai e todos que amo vivos, mas não suporto nem pensar nisso, logo me desespero. O Sr. dos Anéis tb é zen quanto à isso, acho que pq ele perdeu pai e mãe há pouco tempo, o pai tem 6 anos e a mãe 4 anos, eu acho pouco tempo pra perder gente que se ama. Fico muito chateada tb quando morre personagem que a gente gosta na TV então realmente não sei o que vou fazer perdendo alguém real. Eu já disse pra todo mundo, me entope de calmante durante dias e dias se puder anos, daí acordo e já passou um tempão, mas ng dá bola pra essas loucuras que falo, até pq quando acordar vai ser como se estivesse naquele momento. Sei não, acho que morro junto. O sr. dos anéis vê Discovery Chanel então já viu vez em quando tem uns casos de criança morrendo aí eu piro de vez na batatinha e com maionese. Não aguento nem assitir, saio do quarto, imploro pra mudar de canal, essas coisas. Não gosto de pensar que já dói em mim.

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  4. Oi Dona Roberta,
    Passar roupa assistindo ER, sim, isso é glamour!
    Eu não imaginava que minhas inquietações existenciais poderiam causar este desassossego em você. Eu reluto muitas vezes em expô-las, mas calhou do meu cãozinho completar 11 anos, e lembrei que ele foi tão importante em momentos tão difíceis que atravessei, que coube o balanço.
    E mais do que [só] isso. O meu post, na verdade, me fez refletir sobre a finitude da vida de qualquer ser neste planeta, e essa reflexão passou a me inquietar depois que meu velocímetro virou os 40. Já enfrentei perdas definitivas quando jovem e não é fácil, em época nenhuma.
    Mas, puxa, torço pra você estar recuperada do episódio do ER, eu deixei de assistir a série depois que o Dr Doug Clooney saiu, então, tive que recorrer ao Google pra saber quem era Dr Greg Pratt.
    Beijão pra você e um abraço do tamanho da distância que nos separa...
    Fique bem!
    Cris*

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  5. Cy, às vezes Dr. Escova sai sozinho com o Pandinha e demora muito ou não volta na hora x, menina, eu fico até sem ar de pensar no que pode ter acontecido, eu sou dramática que só!! Eu tb preciso evoluir muito!! beijocas

    Má, lindona,eu já pensei muito assim tb, tipo, me dá um nocaute ou um coquetel de tranquilizantes e so me acordem daqui a um milênio rsss, mas espero ter mais coragem, é uma dureza isso!! beijocas

    Cris, imagina querida, vc não fez nada comigo rsss, só calhou de juntar os pensamentos, de lembrar das perdas que tive e como foram dificeis, como sou tão fraca nessas horas....Eu assisti muito ER, mesmo depois que meu segundo marido saiu, mas nesse ultimo ano não vi muito....e esse episódio não tinha visto!! Um super beijo para vc tb!!

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  6. Oi Roberta, só não chorei mais do que o episódio da morte do Dr. Green, lembra? Puxa que puxa, essa é difícil, vivemos porque morremos...
    Já tive algumas perdas definitivas também e outras que passaram por um triz.. não gosto de pensar sobre o assunto, mas é inevitável e dói, mas também dói quando é aos poucos, ver a pessoa que você tanto ama definhando, sofrendo...aprendemos a dizer adeus, ou pelo menos tentamos, não? Bjo querida!

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  7. Esse assunto para mim já não é mais tabu, é um verdadeiro furacão, terremoto, tsunami de tão trágico prá mim. E olhe que já estou mais (muito mais)prá lá do cabo da Boa Esperança...
    Mas prá mim é um pesadelo pensar na "elinha", não gosto nem do nome, acho que porque ela passou por mim e fez que não me via.
    Graças a Deus!!!
    Portanto sobrinha brilhante entendo asua paúra.
    Mas ontem fui a uma missa de sétimo dia da irmã de uma amiga, e ...pasmem, além da igreja estar lotada o padre, os filhos e o ex marido
    até a afilhada falaram ( e muito bem ) daquela pessoa. Eu a tinha visto e conversado poucas vezes com ela, mas diante de tantas palavras bonitas sobre ela, me arrependi de não ter sido sua amiga.
    Fiquei até imaginando se a minha missa de sétimo dia seria assim tão emocionante!!!!!!!
    Fiquei com vontade de chorar por mim!!!!!!!
    É isso possível???
    Bem, li tambem um artigo no jornal muito interessante abordando justamente esse tema: o enigma da morte.
    Mas, deixemos isso prá lá.
    Será que eu lhe dei ânimo ou deixei-a mais arrasada?
    Se disser que sim quem vai ficar deprê sou eu.
    Robertinha, não pensa não, pensa apenas que seremos eternas enquanto dure.
    Beijos tia Noemi

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  8. ROH ainda sob o efeito do post anterior ,fquei me analizando ,sera que vivo no mundo da lua ,sera que eu vivo na bolha mesmo ,eu nao penso em nada muito profundo sabe ,sou aquela que ekla no ouvido e sai pelo outro ,nao gosto de indelicadeza entao sou delicada com todos ,ai as vezes abusam sabe como eh ne ,mais eu continuo assim ,tiro da minha vida tudo que me atrapalha mais com educacao ,porque nao gosto da falta dela ,podem dizer que vivo emcima do muro ,ihhh pode dizer nao levo nenhum desses mal dizeres comigo ,sabe tem um escudinho no meu corpo bate e volta e nao me afeta ,e a bolha poderosa ,entao eu nao penso na morte ,mais acho que e que bem assim um dia que meu cunhado me perguntou como seria o dia que eu morresse ,eu disse ah minha mae vai chorar sofrer muito por um bom tempo ,o RE tb ,as outras pessoas vao dizer AH Roberta morreu ficou sabendo? a morreu do que nossa. EU sempre penso em ir primeiro pra nao sofrer .
    Masi ainda prefiro pensar em outras coisinhas ultimamente tenho andado muito ocupada sabe ,pensando onde vou plantar meus tomates ,e como vai ficar lindo meu jardim eu te contei plantei 100 tulipas .
    bjim

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  9. Roberta, feliz ou infelizmente pra mim, esse assunto não é mais tabu.
    Vivia me questionando há alguns (muitos) anos como me sentiria quando alguém dos meus se fosse.
    Minha avó faleceu em 98: muita tristeza, saudade...mas foi melhor para os filhos e para ela, que estava com Alzaihemer e muito enfraquecida no final.
    Em 94 perdi minha outra avó: essa me criou, sofri, não consegui chorar não sei porque. Vi seu rosto no caixão, placido e calmo e percebi que estava em paz.

    Mas em 2000, quando minha mãe faleceu, meu mundo ruiu. Me faltou o chão, não queria comer, chorei o tempo todo. Na hora, a gente nem ouve os que os outros falam. A presença, o abraço bastam. Não fui ve-la no caixão. Não quis que a última imagem dela fosse daquele jeito. Ela sofreu demais com a doença nos últimos 3 anos de vida, mas apesar da gravidade, não deixava transparecer a dor.

    Sei que parte de mim morreu também naquele dia.
    E outra parte de mim nasceu 10 dias depois: descobri que estava gravida da minha filha.

    Deus fechou uma janela e abriu uma imensa porta. Foi a tábua de salvação de nossa (grande) família.
    Tem 8 anos, únuca filha, única neta, única sobrinha dos dois lados. Nenhum dos meus muitos irmãos querem ter filhos.

    É a vida, minha flor.

    Beijo

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  10. Rs! O meu comentário é sobre a cerveja geladérrima... Adoro tomar quando passo roupa.
    P.S.: eu tb ODEEEEIO passar roupa! rs!
    Bjs!!!!!

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  11. Meninas, todas voces me emocionaram nesse post, cada uma contando dos seus temores e medos e nem sempre se expor e expor seus medos é facil!! Queria agradecer muito a todas viu!!
    Tia, vc nunca piora minha situação viu, nunca, sempre me dá carinho e apoio, e um obrigada muito especial para vc!! Grandes beijos a todas!!

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  12. "Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche"...diz a Martha Medeiros. E é isso que sinto diante a morte...vivenciei mto recentemente, dois episódios da perda de 2 pessoas com quem convivi...e foi mto dificil...e a sensação é essa, é uma dor dilacerante, uma dor que a gnt não respira...mto difícil !!!

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  13. querida Rô, se a gente entender que a 'morte" na verdade não existe e que a "vida" não acaba aqui..ahhh , dá para viver bem, mesmo com a ausência de pessoas queridas, fisicamente.Sabe, "A SAUDADE APROXIMA OS CORAÇÕES"...então ninguém parte, sempre está juntinho de nós.( será que te ajudei um pouquinho?)Bj Ana

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  14. Dri, a gente devia passar mais tempo com a Ana e entender que o que ela disse é a mais pura verdade e com isso tentar minimizar nossa dor!!
    Beijo para as duas e Ana, claro que ajudou!!

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  15. Puxa, a morte realmente é um assunto muito delicado. Eu tenho medo, muito medo da minha morte e da morte dos meus. Antes eu não ligava muito pra minha não, mas depois que o Lorenzo nasceu, comecei a temer mais, como ele iria ficar, e também, por egoísmo, não vou ver certas coisas dele. Nem preciso dizer que a morte que mais me amedronta é a do Lorenzo, né? E utimamente, esses pensamentos vem e vão, por causa da cirurgia que ele vai fazer. Mas logo espanto, tenho que espantar, senão, entro em deprê mesmo!

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Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando... [ Clarice Lispector ]